Autores
Afonso Cruz



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Ana Margarida Falcão



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Barry Wallenstein



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Eduardo Pitta



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Fernando Pinto do Amaral



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Francesco Benozzo



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Francisco José Viegas



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Graça Alves



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Inês Pedrosa



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Jaime Rocha



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João Carlos Abreu



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Joel Neto



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José Manuel Fajardo



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José Mário Silva



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Júlio Magalhães



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Karla Suárez



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Manuela Ribeiro



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Patrícia Reis



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Paulo Sérgio BEJu



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Pedro Vieira



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Rui Nepomuceno



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Valter Hugo Mãe



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Yang Lian



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Moderadores
Ana Isabel Moniz



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Castanheira da Costa



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Diana Pimentel



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Donatella Bisutti



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Francisco Fernandes

Participações Especiais
Giorgio Longo



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José Viale Moutinho



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Manuele Masini



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Massimo Cavalli

Dom, 18/Mar/12
Dom, 18/Mar/12

 

Um teatro repleto, 5 mesas envolventes e uma enorme pocket option vontade de voltar para a 3.ª edição do Festival Literário da Madeira. Agora que cai o pano no Teatro Municipal Baltazar Dias, deixamos a promessa: regressar com mais autores, mais dias de atividades, debates e visitas a escolas.

 

Já só faltam 364 dias para regressarmos. Até já.


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Dom, 18/Mar/12

 

 

 

 

 

Uma gigantesca jam session de paladares, conversa, música, poesia: encontros desassossegados que acordaram as mentes mais adormecidas para o enorme poder da palavra. E os anfitriões, a maravilhosa pocket options Estalagem da Ponta do Sol, não deixaram nada ao acaso. Uma Noite do Desassossego muito feliz. Para o ano, queremos mais.


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Sáb, 17/Mar/12
Sáb, 17/Mar/12


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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

 

Classicismo e originalidade marcaram o discurso de Francisco Fernandes, ex-secretário regional de Educação e Cultura, que abordou a literatura infantil naquilo que tem de revisão e constante atualização. Foi esse o mote deste debate sobre a originalidade.

 

A escritora madeirense, Graça Alves, não duvida de que toda pocket option trading a gente já se apropriou de outros autores e escritos. Sem perder tempo com a angústia da influência, de Harold Bloom, a autora propôs a «oportunidade da influência». O que já foi dito serve como porta para constantes recriações. «Se formos até aos clássicos, Homero não foi buscar as suas histórias ao nada. Camões não foi buscar Os Lusíadas a lado nenhum. Eu acho que funciona como um eterno retorno modificado. As nossas palavras são as palavras dos outros revisitadas. É aí que está a nossa originalidade.»

 

 

Haverá alguma originalidade no escrever madeirense, nesta distância imposta pelo oceano? Graça Alves acredita que a «originalidade está neste nosso universo muito finito. Neste mar que nos rodeia e nos beija». Mas vive ainda naquilo que lemos e no que escolhemos para ler. «O Meu Simão daquela tarde não teria existido sem o Fazes-me Falta, da Inês Pedrosa.»

 

 

Menos inchado do que o ano passado (quando sofreu um ataque alérgico) mas igualmente orgulhoso de ser convidado do FLM, José Mário Silva considera que só ignorando ou fazendo por ignorar o que está para trás é que se pode pensar que se é original. Ao assumir a sua comum mortalidade, o autor de Efeito Borboleta e Outras Histórias crê que «não estamos a escrever o mesmo que os clássicos porque nenhum de nós tem a veleidade de pensar que vai entrar para o cânone. Somos autores estimáveis, mas o cânone é algo de inacessível». Os poemas que escreveu sobre a transposição de mitos clássicos para os dias de hoje, como «Eurídice com mala Gucci e casaco de peles» (incluídos no seu livro de poemas Luz Indecisa, de 2001) servem de exemplo dessa necessidade de regressar ao património literário universal.

 

«O que nos deve preocupar é a procura de um estilo. O escritor não se deve preocupar muito com a trama, até porque não há muitas variações possíveis.» A confissão é de Saul Bellow, citado por Enrique Vila-Matas, citado por José Mário Silva, numa espécie de caixas chinesas em que a literatura também se transformou desde o princípio dos tempos.

 

 

Disse Terêncio, um dia, que «não há nada que seja dito hoje que não tenha sido dito antes». Natural de Cuba, Karla Suárez falou da origem da sua natureza de escritora e de leitora. O argentino Julio Cortázar, um dos homens da sua vida, contaminou a escritora em formação: «Um dia falei com ele [Cortázar], ele já era um bocado morto mas disse-lhe: “Olha, a nossa relação, a minha paixão por ti e pela tua obra tem de ficar por aqui.»

 

Assim avançou para uma vida em França, onde, para aprender a falar francês, começou a ler autores como Camus. Descobriu que era possível ser influenciada por autores que ainda não lera. O mesmo aconteceu quando leu, por exemplo, Calvino, entre tantos e tantos outros. A originalidade está em saber viver com as influências e com o nosso património literário.


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Sáb, 17/Mar/12


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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

 

Num mundo enterrado em profunda crise, nada melhor do que deitar a mão a um manual que ensine a pagar dívidas sem gastar um cêntimo. O francês Honoré de Balzac passou as dicas para o papel, a editora Nova Delphi reproduziu-o, e o escritor José Viale Moutinho apresentou-o, no Teatro Municipal Baltazar Dias, no âmbito do Festival Literário da Madeira.

 

 

A arte de pagar as suas dívidas e de satisfazer os seus credores sem gastar um cêntimo parece a história corriqueira de um qualquer autarca, num país onde, garantiu o apresentador, ninguém é preso por não pagar dívidas.

 

 

Para evitar a vigarice de pagar apenas uma parte das dívidas, o próprio Balzac, que interrompeu a apresentação enquanto personagem para ler, de viva voz, parte da sua obra, decidiu não pagar um tostão. A exibir o seu livro de assentos, este escritor explicou os benefícios para os credores do não pagamento das suas dívidas. Não acreditamos que estes argumentos sejam válidos no momento de comprar o livro. Mas, afinal de contas, não são mais de 5 euros.



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Sáb, 17/Mar/12


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Sáb, 17/Mar/12

 


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Sáb, 17/Mar/12

 

«Ou: um dia

tão bonito

e eu

não fornico»

Adília Lopes

 

Foi num dia tão bonito que, por entre baldes, bola, vinho do Porto e gatos, se falou sobre se éramos piegas e não sabíamos.

 

«Se ser piegas é exacerbar as coisas comezinhas, então eu sou piegas»: a confissão chegou através de Joel Neto, um açoriano que quis ser madeirense e entretanto cresceu. A pieguice veio equipada de verde e branco à Lusitânia dos Açores, visitando um trecho do novo romance de Joel Neto, Os sítios sem Resposta. Miguel João Barcelos, o protagonista, recordou o dia em que o padrinho lhe ofereceu um equipamento do Lusitânia e a primeira partida vista ao vivo. Ao contrário das bancadas do estádio, em que os verdes e brancos corriam para a vitória, a plateia do Teatro Municipal Baltazar Dias, igualmente lotada, ouviu em silêncio as minudências piegas de um catraio adepto do Lusitânia.

 

 

«Sempre fomos piegas e não sabíamos, ou sabíamos e não queríamos aceitar.» A tese é de Manuela Ribeiro, que se socorreu de Eduardo Lourenço para responder à questão.

 

A lamechice é uma espécie de luz, em forma de e-mail com conselhos para a salvação do mundo. Mas a lamechice também pode ser a maldição de quem não encaminha estas mensagens para 10 amigos nos próximos 30 minutos. «Ser lamechas e piegas influencia a nossa vida? A minha? Todos os dias», sentenciou.

 

 

Um ilustrador no meio de escritores para falar de pieguice pode parecer lamechas, mas Paulo Sérgio BEJu saiu-se com a desenvoltura de uma madrugada. Acompanhado pelas suas ilustrações e fotografias, foi mostrando as suas perplexidades e descobertas, do túnel do Saramago aos piercings e tatuagens dos livros da Livraria Esperança.

 

«Estou numa fase de receber muitos e-mails em chinês e de ajuda para aumentar o pénis, que eu agradeço.» Foi assim que Valter Hugo Mãe deu um chuto na pieguice, preferindo falar na comoção que os poemas e a voz de Jaime Rocha lhe provocam. «Como fica à flor da pele e qualquer beijo de novela me faz corar», tal como canta Gal Costa.

 

«Há um programa que costumo ver no cabo sobre um tipo que constrói casas para os desgraçadinhos, para estropiados. Nunca é só para alguém que precise de casa. No momento em que eles entregam a casa, parece que sou eu que a recebo. Todas as televisões deviam ter um programa assim.»

 

No outro extremo desta mesma comoção, a obra do arquiteto Paulo David inspirou o autor de O filho de mil homens. «O rochedo amadureceu para casa»; a Casa das Mudas é esse «rochedo educado» que comove Valter e o faz regressar sempre à Madeira. «As casas são umas roupas muito largas que vestimos […]. Penso assim porque não consigo pensar em casas sem pensar nas pessoas. Se não há pessoas, que venham então os estorninhos.» A pieguice pode morar na inteligência de quem, negociando com os vulcões, constrói onde antes nasceram só disparates. «Na Madeira a natureza fez tudo quanto havia para fazer, e ao homem cumpre não destruir», e isto não é pieguice.

 


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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

 

Não perca já a seguir a intervenção de Manuela Costa Ribeiro, Joel Neto, Paulo Sérgio BEJu e Valter Hugo Mãe na Mesa 4 do FLM. Teatro Municipal Baltazar Dias | 15.30.


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Sáb, 17/Mar/12


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Sáb, 17/Mar/12

 


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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

 

«Looking at what has been already done

Poetry is looking for answers to

Questions that have not been asked as of yet.»

 

O desafio da epígrafe é do poeta grego Titos Patrikios, de quem se leu um poema para motivar o debate sobre o tema «Éramos violentos e não sabíamos». E não podia haver entrada menos pacífica do que a do poeta americano Barry Wallenstein: «A liberdade é uma coisa que não me interessa para nada.»

 

Retomando um tema sobre o qual já discutira com Yang Lian, na Universidade da Madeira, Barry reforçou o papel ilusório da liberdade. «A liberdade é muito ilusória e tem servido de máscara para a paz. A paz perdeu qualquer referência positiva. Só é positiva quando penso em coisas como: “Vou ter uma tarde livre.” Prefiro ficar longe da Liberdade. Acho a questão da violência mais interessante.»

 

 

Nesta luta entre o valor da paz e da violência, Wallenstein dá o primado à violência. «Até os poemas de amor não fogem à questão da violência. Um poeta que fuja disso corre por um caminho muito perigoso.» Exemplo dessa omnipresença da violência é o 11 de Setembro, que «influencia os poetas, sobretudo os que vivem em Nova Iorque. Influencia até aquilo que não se refere directamente ao 11 de Setembro. E não acho muito interessante que se escreva directamente sobre isso».

 

Em registo muito diferente, João Carlos Abreu preferiu o tom give peace a chance. Comprometido com a paz e o amor, o autor negou a importância da violência e da guerra enquanto dínamo poético. A poesia, para este autor madeirense, deve estar ao serviço da paz e do amor. «Mesmo enquanto político, diziam-me: “Quando dizes uma palavra tudo fica mais calmo.” E eu acho que um político-poeta pode dar um contributo muito positivo no processo de diálogo.»

 

 

O comprometimento voltou ao debate, desta feita através da voz do poeta nebuloso Yang Lian. Alcunhado como misty pelo governo chinês, devido a sua contestação do regime, Lian centrou a sua intervenção no poder do «chega». Um escritor que usa a caneta, a sua escrita, para dizer «chega». O mesmo «chega» que ouviu da boca de Titos Patrikios a propósito da cidade-estado de Siracusa, que era democrática, mas que impunha uma atitude imperialista aos estados vizinhos. «Já chega, Siracusa.» E este «chega» não será tanto uma atitude com vista à mudança mas algo mais profundo. «Esta energia, este “chega” deve ser um lastro que nos leve mais fundo e nos estabilize.» A segunda palavra crucial para Lian é «o Outro», a contingência e a necessidade de ser «o outro». «Eu sou “o outro” no meu país, eu sou “o outro” para as restantes culturas e devo ser “o outro” para mim mesmo. Devo procurar “o outro” enquanto processo criativo, enquanto tentativa de aprofundamento pessoal.»

 

«Às vezes os poetas falam com os poetas.» A declaração foi de Jaime Rocha, a propósito do poema de Titos Patrikios. Ele, que nasceu numa terra, a Nazaré, onde as mulheres se vestiam de negro, correndo as praias à espera da chegada dos corpos dos náufragos. «Eu vivia essa tragédia. Mas era uma tragédia silenciosa e aí ou nos fechamos ou nos abrimos. Assim, como é que eu vou encontrar as palavras para falar da minha infância?» O teatro foi o mecanismo que Jaime Rocha encontrou para refletir sobre essa tragédia, sobre essa violência a 50 metros da costa, à vista das mulheres aos gritos. «Isto era o teatro. Mas nessa altura, como eu estava muito influenciado pelo Sartre, escrevia peças com pessoas sentadas a pensar e a refletir sobre a vida. O Bernardo Santareno leu o que escrevi e mandou-me ler o Herberto Helder. O Herberto foi um choque, uma pancada muito grande. Aí passei do teatro para a poesia.»

 

 

Fernando Pinto do Amaral uniu as pontas deixadas soltas pelas intervenções anteriores, ao sublinhar a importância da alteridade, de descobrir «o outro» que há em nós. Quanto à questão da violência, Pinto do Amaral prefere falar em tensão. Sobre o subtema «Como a poesia pode mudar a nossa vida?», recorreu a uma experiência pessoal: a forma como ultrapassou uma crise existencial através da leitura de Fanny Owen, de Agustina Bessa-Luís.

 

«A violência está profundamente enraizada na poesia», garantiu Francesco Benozzo. «Um poeta tem de lutar sempre, não necessariamente contra um poder político, mas tem de lutar contra os hábitos, contra os lugares-comuns.» A linguagem foi a forma encontrada pelo homem para lutar contra a opressão da realidade. O homo-poeta, aquele que começou por nomear a realidade, iniciou esse processo de combate, segundo este poeta italiano. «Na poesia irlandesa antiga, diziam os textos que para se ser poeta era preciso dormir durante semanas numa caverna, a comer restos como cães vadios e mais tarde sair e matar um veado. Como veem, a violência sempre esteve associada à poesia.»


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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

«Na mesa 2 do Festival Literário da Madeira, não sei se para calar alguns preconceitos relativamente a quem escreve best-sellers (é o caso de Júlio Magalhães, que começou por dizer que não é um escritor a sério, ainda que escreva livros), mas alcançando esse efeito, Júlio Magalhães discorda publicamente do hábito de atribuir estrelinhas aos livros. Estou capaz de saltar para cima do palco e dar-lhe um abraço, mas preferia que os editores de jornais, revistas e suplementos culturais lhe dessem ouvidos (e se o argumento para ouvir alguém é o do número de vendas, este homem tem de ser ouvido).»

 

Surripiado à página de Facebook de Sara Figueiredo Costa.


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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

 

Em paralelo aos trabalhos do Festival, decorre uma feira do livro dinamizada pela Bertrand, parceiro do Festival Literário da Madeira desde a primeira hora.


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Sáb, 17/Mar/12

 

A cobertura do Festival, por parte dos meios de comunicação social, está a exceder todas as expetativas (que não eram pequenas). Na imagem, Teresa Sampaio entrevista em plena avenida Arriaga um espectador.


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Sáb, 17/Mar/12


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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

 


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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

 


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Sáb, 17/Mar/12

O meu nome é Poors, Stanley Poors. Pode a crítica literária apresentar-se com a mesma confiança das agências de notação da dívida? Podem os críticos atirar um escritor para a categoria de lixo?

 

 

Para a professora universitária e escritora Ana Margarida Falcão, «a crítica foi responsável por uma sacralização da literatura. Os textos de crítica eram assinados por grandes intelectuais, jornalistas especializados ou outros escritores com um background de leituras da grande literatura e, há 30 anos, era um grupo quase fechado no qual era impossível entrar». Esta docente considera ainda que os sucessivos ministros da Educação foram responsáveis pelo estreitamento das leituras em Portugal. «O conhecimento da literatura dos meus alunos só começa em meados do século XX. O papel do poder político foi determinante para isso, nomeadamente através da forma como foi construindo os programas dos vários níveis de educação.»

 

 

Eduardo Pitta escapa ao núcleo dos críticos que põem a literatura num altar. «Eu dessacralizo por completo a literatura. A literatura sempre foi a minha vida. Comecei por publicar coisas inomináveis, em 1967.» Prova dessa atitude é a opinião de que «ser escritor é como ser um outro profissional qualquer. Eu exijo que um empregado de mesa me sirva com o mesmo profissionalismo que eu coloco quando estou a escrever».

 

Para o crítico da revista Sábado, a partir dos anos 1950 a crítica literária mudou muito, «graças a professores universitários, como o Óscar Lopes, que fez a crítica dar um salto muito grande». A crítica da década de 1960 teve alguns equívocos, a crítica dos anos 70 foi bastante engagée. O contexto político determina e contamina a literatura. «Se pensarmos no cânone em 24 de Abril de 74 e no cânone dois anos depois, só dois ou três nomes permaneceram: Agustina, Sophia e Vergílio.» Mais tarde deu-se uma nova ruptura, passamos de uma tradição francófona para uma tradição anglófona, «partindo do princípio de que aquilo que algumas pessoas falam é inglês», atirou Eduardo Pitta.

 

 

Afonso Cruz lançou no debate a questão da percepção: até que ponto somos afetados pela forma como percecionamos os acontecimentos. «Na altura da gripe das aves, toda a gente lavava as mãos a toda a hora, parecíamos uns Pilatos. Hoje isso já não acontece.» O reforço da observação sobre um determinado fenómeno potencia-o. «A crítica, a seu tempo, deve ter criado muitas gripes das aves. Ao destacar muito determinados autores, por certo acabou por lhes dar um relevo que a história veio a provar como exagerado.»

 

A reforçar esta ideia, Afonso Cruz citou um estudo que demonstrava que um indivíduo inserido num grupo, em 38 por cento das ocasiões, acabava por adotar a opinião dominante e trair os seus sentidos. «Isto acontece também com a crítica: não serão todos, mas alguns críticos devem acabar por alinhar com a maioria.»

 

 

A fechar o painel, o jornalista e escritor Júlio Magalhães concentrou a sua intervenção no papel dos críticos. «O que faz o cânone não é o tempo mas as pessoas. […]. Na literatura há espaço para todos. Hoje qualquer um pode escrever um livro, e vocês olham para mim. A crítica fala hoje para um nicho e foi durante muito tempo fechada, daí que as pessoas desconfiem quando leem uma crítica. Quanto mais estrelas a crítica dá, menos o livro vende. Desapareceram os textos literários e narrativos sobre os livros e foram ganhando importância as estrelas. A crítica portou-se como uma agência de rating, tanto na literatura como no cinema.»


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Sáb, 17/Mar/12

 

A Livraria Esperança é uma referência, seja no Funchal, na Madeira, ou no mundo. Já vários foram os protagonistas e participantes do FLM que visitaram a mítica Livraria nestes últimos três dias. Sara Figueiredo Costa, da revista LER, foi um dos visitantes e, por consequência cliente, do livreiro Jorge Figueira de Sousa, vencedor do Prémio Especial Livreiro dos Prémios de Edição LER / Booktailors e recentemente homenageado pela Livraria Culsete. Leia o post no Cadeirão Voltaire.


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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

 


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Sáb, 17/Mar/12

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Sáb, 17/Mar/12

 

 

 


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Sáb, 17/Mar/12

 

Temos textos no blogue, temos fotografias no Sapo, videos no YouTube, e agora também temos todos os sons do FLM numa rádio online.

 

Quer acompanhar as mesas de debate? Então clique em:

www.novadelphi.com/flm.pls- iTunes, Winamp

www.novadelphi.com/flm.asx- Windows Media Player

 

Aqui encontrará conteúdos exclusivos para a rádio. Garantimos que ouvirá tudo. E quando dizemos tudo, é do sorver da primeira à última poncha.


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Sáb, 17/Mar/12

 

 

Mesa de Debate 2: «Éramos poors e não sabíamos - Como a crítica literária (não) influencia os leitores»

Teatro Municipal Baltazar Dias | 10.00

Moderação: Ana Isabel Moniz

Participantes: Afonso CruzAna Margarida FalcãoEduardo PittaJúlio Magalhães

 

Mesa de Debate 3: «Éramos violentos e não sabíamos - Como a poesia pode mudar a nossa vida»

Teatro Municipal Baltazar Dias | 11.45

Moderação: Donatella Bisutti

Participantes: Barry WallensteinFernando Pinto do AmaralFrancesco BenozzoJaime RochaJoão Carlos AbreuYang Lian

 

Mesa de Debate 4: «Éramos piegas e não sabíamos - Como a lamechice pode mudar a nossa vida»

Teatro Municipal Baltazar Dias | 15.30

Moderação: Diana Pimentel

Participantes: Joel NetoManuela RibeiroPaulo Sérgio BEJuValter Hugo Mãe

 

Lançamento: A arte de pagar as suas dívidas e de satisfazer os seus credores sem gastar um cêntimo, de Honoré de Balzac.

Teatro Municipal Baltazar Dias | 17.00

Apresentação: José Viale Moutinho

 

Mesa de Debate 5: «Éramos originais e não sabíamos - Como andamos a escrever o mesmo que os clássicos»

Teatro Municipal Baltazar Dias | 17.30

Moderação: Francisco Fernandes

Participantes: Francisco José ViegasGraça AlvesJosé Mário SilvaKarla Suárez

 

Sessão de encerramento

Teatro Municipal Baltazar Dias | 19.00

 

Noite do Desassossego

Estalagem da Ponta do Sol | 21.00


A encerrar o festival, uma noite de poetas a promover um verdadeiro desassossego, a que não faltará uma jam session conduzida por Nuno Filipe & Maggiore. Francesco Benozzo lançará o mote para a sessão, que contará também com Barry Wallenstein e Yang Lian, e Massimo Cavalli no contrabaixo.


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Sáb, 17/Mar/12

 

 

O Teatro Municipal Baltazar Dias teve lotação esgotada para assistir à performance poética pensada e dirigida pela italiana Donatella Bisutti. No palco ouviram-se as vozes e poemas de Yang Lian (China), Barry Wallenstein (EUA), Jaime Rocha, Fernando Pinto do Amaral, José Viale Moutinho e João Carlos Abreu; O acompanhamento musical esteve a cargo de Francesco Benozzo e de Massimo Cavalli.

 

 

Yang Lian trouxe a névoa dos misty poets chineses, um grupo de autores que reagiu contra as limitações da Revolução Cultural e o massacre de Tianamen. Classificados como obscuros pelo governo chinês, autointitularam-se os «poetas nebulosos» e partiram para o exílio.

 

«Unimaginable that Du Fu’s little boat was once

moored on this ceramic river

I don’t know the moonlight see only the poem’s clarity

attenuated line by line to a non-person

to the symbols discussing and avoiding everything

I’m no symbol a sun dying under the sunflower seed’s hard shell

nor is the sun snow-white collapsed meat of children

nor have I disappeared daybreak’s horizon impossibly

forgot that pain bones like glass sliced by glass

I didn't scream, so must scream at each first light

an earthquake never stands still

no need to suffocate the dead planting rows of fences to the ends of the earth

handcuffing ever more shameful silence so I don’t fear

the young policewoman interrogating my naked body

it was formed by fire no different to yoursknowing no other way to shatter but a

hundred millions shatterings within myself

falling into no soil only into the river that can’t flow

that cares nothing for the yellow flower within the stone having to go on

to hold back like a drop of Du Fu’s old tears

refusing to let the poem sink into dead indifferent beauty»

 

O engajamento da poesia de Lian esteve presente no poema dedicado ao artista plástico Ai Wei Wei, preso pelo governo sob acusação de ser um pornógrafo. Uma sentença que surge como reação  às investigações de Wei Wei ao terramoto de Sichuan.

 

«E em 68 ou em 69

era através de ti, que eu descobria

os Beatles e os Stones;

as canções do Bob Dylan protestando

contra a eterna guerra do Vietname.»

 

Foi à memória do irmão e da sua geração que Fernando Pinto do Amaral recorreu para convocar a sua poesia em quatro momentos que oscilaram entre o respeito pela forma do soneto e a graça das aves de arribação que nos cercam no dia a dia, sejam garças com silicone ou vulgares pegas.

 

 

A harpa de Francesco Benozzo acompanhou tanto este poeta como o madeirense João Carlos Abreu, ex-secretário regional de Turismo e Cultura. A memória que o poeta doou ao arquipélago em forma de museu regressou à sua «ilha vagabunda» para contar algumas histórias das suas paixões, invariavelmente ausentes.

 

A spoken word chegou-nos pela voz do americano Barry Wallenstein, que há muitos anos tem trabalhado a ligação entre o improviso de jazz e a poesia. Autor de um disco classificado como revelação pela revista All about Jazz, Barry mostrou-nos o «Mundo de Tony».

 

 

Jaime Rocha e José Viale Moutinho fecharam a representação da poesia portuguesa. João Luís Barreto Guimarães já falara dos haiku de Vítor Gaspar, nas Correntes D’Escritas. Desta feita, foi Viale Moutinho a convocar o ministro das Finanças para lhe emular o registo da leitura. Em quase soletrada cadência, a poesia foi ganhando ritmo, sem se assustar com o ogre que dizem dominar a ilha.

 

O contrabaixo de Massimo Cavalli, as intervenções do vídeo-poeta Giorgio Longo e o concerto de harpa, em registo celta, de Francesco Benozzo completaram uma noite durante a qual a poesia… não foi uma invenção nossa.

 

 



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Sex, 16/Mar/12
Sex, 16/Mar/12



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Sex, 16/Mar/12

 

Uma amostra.



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Sex, 16/Mar/12

 



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Sex, 16/Mar/12

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Sex, 16/Mar/12

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Sex, 16/Mar/12

 


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Sex, 16/Mar/12

 

Poucas horas depois de a Universidade da Madeira (UM) ter acolhido este festival literário para debater poesia, o Teatro Municipal Baltazar Dias acolheu o reitor da UM para um debate muito menos poético: «Éramos felizes e não sabíamos: Como a troika mudou os nossos dias.»

 

Patrícia Reis, José Manuel Fajardo, Inês Pedrosa, Rui Nepomuceno e Pedro Vieira foram os autores convidados a refletir sobre os reflexos da crise na literatura.

 

 

Conhecido pelas suas investigações científico-sociológicas, Pedro Vieira perscrutou a influência da crise e do FMI na produção literária. «Em 1977, quando o FMI chegou pela primeira vez publicou-se O Nome das Coisas, de uma tal de Sophia de Mello Breyner, bem como As Fúrias, de uma Agustina Bessa-Luís. […]. No ano passado foi publicado, ainda que lhe falte o devido distanciamento, um romance de que gosto muito, Deixem Falar as Pedras, do David Machado. Acredito que o FMI não tenha tido assim grande influência.» A aliar a esta investigação, houve ainda espaço para reflexões sobre a qualidade dos autores do pré e do pós-25 de Abril.

 

 

Neste vaivém entre passado e futuro da revolução, o madeirense Rui Nepomuceno defendeu que a cultura não teve o investimento de que necessitava com o advento da liberdade e da autonomia. «Um povo pouco culto é um povo incapaz de participar na democracia.» Inês Pedrosa acredita que a Madeira precisa de maior investimento na cultura, «mas este festival é uma demonstração de que há coisas a acontecer e com condições para crescer».

 

Mas, voltando à felicidade, pode alguém fazer feliz o mundo, sem fazer feliz a sua família? Inês Pedrosa acha isso muito duvidoso. «Marx tentou criar regras para uma melhor distribuição no mundo, vivia obsessivamente à procura da felicidade coletiva e dava muito pouca atenção à felicidade da família. Era um estafermo que não lhes dava atenção. Althusser escreveu uma lindíssima carta à mulher a pedir desculpa por não ter tido cuidado da felicidade dos seus mais próximos.»

 

Enquanto isso, lá vamos andando, como se pode… ou mais ou menos. Vergílio Ferreira dizia que «a felicidade não está no que acontece, mas no que acontece em nós desse acontecer». Contudo, para Inês Pedrosa, acontece que os Portugueses são muito pessimistas, ao passo que, para Patrícia Reis, os Espanhóis são mais alegres.

 

O espanhol José Manuel Fajardo assume que os seus patrícios «falam mais alto, fazemos mais ruído e rimos muito mais, o que até pode ser só uma máscara». Esta felicidade pode ser muito mais aparente do que parece e não é mais do que o reflexo da nossa perceção da vida.

 

E, segundo Pedro Vieira, há um comissário europeu alemão, Olli Rehn, que cita Fernando Pessoa. E os Portugueses, em depressão cultural, consomem mais marcas brancas: «Haverá marcas brancas na literatura. Será José Rodrigues dos Santos a marca branca do Dan Brown?»


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Sex, 16/Mar/12

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Visitas a Escolas

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«Éramos felizes e não sabíamos»


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